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História

A Origem da Arma da Engenharia é encontrada no Exército Português. No início, as missões da Engenharia eram estritamente ligadas à necessidade da guerra de sítio, realizando obras de fortificações e obras civis, tais como fortes, edifícios, aquedutos, estradas, pontes, etc. O Engenheiro era mais "doutor" do que soldado... A vinda de D. João VI para o Brasil, fugindo das tropas de Napoleão, impôs a necessidade de se reforçarem as fortificações, ainda hoje existentes em pontos estratégicos do nosso litoral e nas mais distantes fronteiras terrestres. Para isso, os melhores nomes da Engenharia Portuguesa foram convocados, formando-se sob a orientação desses homens o embrião da Engenharia Militar em solo brasileiro. Da natureza do seu trabalho, surgiu o símbolo da Arma, o "castelo".

Já no século XIX, vamos encontrar a Engenharia Militar no seu trabalho silencioso e diuturno em prol da segurança interna e do desenvolvimento das regiões carentes.

Em 1880, a Lei Federal nº 2.911, de 21 de setembro, previa o seu emprego "na construção de estradas de ferro, de linhas telegráficas estratégicas e outros trabalhos de engenharia pertencentes ao Estado..."

Em 1901, o 1º Batalhão de Engenharia recebe a missão de construir uma estrada de ferro, ligando o Noroeste Paranaense a Mato Grosso. Após um ano de trabalho, termina a tarefa e logo recebe outra: "construir os aquartelamentos e residências da Vila Militar no Rio de Janeiro". Missão Recebida, Missão Cumprida!

Mas muito ainda estava reservado à Engenharia, em sua luta para o progresso do nosso Brasil!

Originário do 1º BATALHÃO DE ENGENHEIROS de 1855, transformado em 1º B Fv em 11 Dez 1919, atual 10º BE Cnst, dá início, no Sul do País, à nova arrancada para o desenvolvimento, tendo, hoje, em seu acervo, mais de 2.000 km de ferrovias construídas.

São criados novos Batalhões de Engenharia, que vão trabalhar na construção do Tronco Sul, possibilitando a ligação de Brasília/DF com o porto de Rio Grande/RS, tornando realidade vários ramais ferroviários, estradas de rodagem e imponentes obras de arte, sendo algumas as maiores e mais altas da América do Sul. Do suor, do sangue e das privações pelas quais passam os que ali labutam, vai nascendo o progresso... Em 1955, nasce em João Pessoa/PB, o 1º Grupamento de Engenharia de Construção, enquadrando quatro Batalhões atualmente sediados em: 1º BE Cnst (Caicó/RN), 2º BE Cnst (Teresina/PI), 3º BE Cnst (Picos/PI) e 4º BE Cnst (Barreiras/BA). Difícil é descrever o que forma os primeiros tempos. Oficiais e Praças, oriundos da Região Centro-Sul estranhavam as agruras do sertão.

Os Batalhões cumprem missões do Maranhão à Bahia. Ferrovias, rodovias, casas, escolas, hospitais, aquartelamentos e açudes são construídos, poços são perfurados. O mercado de trabalho é ampliado...

O auxílio aos flagelados, distribuindo gêneros alimentícios, dando-lhes assistência médico-hospitalar e orientando a mão-de-obra local na construão de obras que iriam beneficiá-los, marca a presença no Nordeste brasileiro.

- "A presença do Grupamento de Engenharia de Construção, em qualquer iniciativa administrativa, infunda tanta confiança, que se tornou padrão de critério e de honestidade da aplicação de verbas orçamentárias."

Quinze anos após a criação do 1º Grupamento, nasce, um 1970, o 2º, na Região Amazônica. é necessário ajudar o desenvolvimento daquela Região.

Enfrentam-se perigos e dificuldades: a malária, as chuvas, a violência dos rios, a logística, a selva...

O trabalho continua célere, abrem-se estradas, constroem-se casas, melhora-se o abastecimento de água das cidades. Liga-se a Amazônia ao Sul do País, integrando-se todo o território nacional.

Atualmente, somos dois Grupamentos de Engenharia de Construção, onze Batalhões e uma Cia de Engenharia de Construção, todos trabalhando em prol da segurança e do desenvolvimento do nosso País.

E hoje, quando olhamos este nosso Brasil uno, forte e já bastante desenvolvido, nço podemos esconder uma parte de orgulho, e nos lembramos das palavras do então Comandante do 5º Batalhão de Engenharia de Construção, Coronel WEBER, que sintetizam a honra e a glória de pertencermos à Arma de Engenharia:

- "Sabemos que há algo muito importante a ser feito, algo sólido e que influirá no futuro do Brasil, mas será alguma coisa que, uma vez concluída, nos dará a cada um, no decorrer da vida, o direito de dizer com o mais justo, o mais puro e mais tranquilo orgulho: EU NÃO VIVI EM VÃO."

(Cel WEBER) A gravura ao lado copia tela do Coronel ESTIGARRíBIA e retrata parte da evolução da Arma de Engenharia, com foco nas atividades sob responsabilidade da Diretoria de Obras de Cooperação, algumas das quais são apontadas abaixo. Engenharia que deita raízes em sua congênere portuguesa, mestra de prodígios na construção de fortalezas para defender o gigante brasileiro.O apoio de Engenharia às operações da Força Terrestre brasileira porém, surgiu com o nascimento do nosso Exército, nas lutas contra o invasor holandês. Naquela ocasião, o Capitão João Barbosa de Souza comandou a construção e a operação de uma portada de circunstância, para permitir ao Exército patriota atravessar, por navegação retida, o rio Taparucá, então em grande cheia, operação que o inimigo não foi capaz de realizar.

A portada possibilitou uma transposição para a retaguarda, preservando as forças nacionais que logo mais iriam imortalizar a vitória de Guararapes.O Brasil ainda era Império quando entrou em vigor a legislação autorizando o emprego dos meios militares de Engenharia na construção da malha viária e telegráfica do país. Foi o início da institucionalização das Obras de Cooperação, no qual distinguiu-se o notável Marechal Rondon. Solução criativa e inteligente para, com baixo custo e, simultaneamente, com benefícios para o desenvolvimento do país, realizar o adestramento da tropa.

Os testemunhos dos comandantes de companhia do 9º Batalhão de Engenharia de Combate, da FEB, mostram que a experiência adquirida nos batalhões de construção lhes capacitou a bem comandar em combate. Nossas recentes forças de paz buscaram especialistas naquelas Unidades, permanentemente adestradas.Partícipe, mais do que secular, da construção da infra-estrutura do nosso país e dos combates que o Exército Brasileiro precisou enfrentar, a Arma de Engenharia, por intermédio das Obras de Cooperação, já foi pioneira no Sul, no Nordeste e no Norte. Na região sulina, estabeleceu o Tronco Principal Sul, cujos trilhos alcançaram nosso capital.

Ao Nordeste, foi levada para cooperar na luta contra os efeitos das estiagens. Hoje, continua participando da moderna conquista e manutenção da Amazônia, vislumbrada pelo General Rodrigo Octávio, epopéia tornada realidade por tantos que se orgulham de integrar a Arma Azul Turquesa de Vilagran Cabrita. Brasília - DF, 31 de julho de 2001.

Tema: A DIRETORIA DE OBRAS DE COOPERAÇÃO Autor: Pedro Paulo Cantalice ESTIGARRíBIA - Cel R/1 Cav (051) 3212-6608 - Porto Alegre/RS Data da elaboração da obra: Jul 01 Localização da tela original: Gabinete do Diretor de Obras de Cooperação Diretoria de Obras de Cooperação - QGEx - Bloco "B" - 2º andar - SMU - Brasília/DF